Meu nome é Viviane.

Sou formada em jornalismo (profissão de primeiras-damas e princesas, só para citar: Jaqueline Kennedy e a pricesa das Astúrias, Letícia). E há catorze anos viajo pelo mundo, aprendendo, vendo e me culturizando. Descobri que algumas coisas servem e são importantes, imprescindíveis e necessárias. E outras totalmente o contrário.

Em minhas lembranças mais ternas estão as minhas avós (duas lindas damas de suas sociedades). Distintas cada uma a sua maneira. Do lado do meu pai, fui brindada pela vovó Mena, que foi estudou e deu aulas na Escola Doméstica de Natal - até soa engraçado e divertido, mas é uma escola da alta sociedade para educar a damas. Ela casou-se com meu avô, um dos co-fundadores da Escola de Odontologia do Rio Grande do Norte (viu só!?). E dela aprendi a ser uma dama com valores.

Do lado da minha mãe, o presente veio como a vov'Ótilia, esta dama de Cruzeiro do Sul que aprendeu a ler e escrever sozinha. Ela esperou dez longos anos pelo amor da sua vida: meu avô e naquela época não contava com celulares, telefones, internet (kkk); talvez um telégrafo e as cartas que atressavam a floresta no lombo do jegue e na jangada do pescador. E dela aprendi a ser persistente, perseverante e que educação e sabedoria são coisas díspares.

As duas bem dotadas, organizadas e vaidosas. Nenhuma delas saia de casa sem estar impecável (eu não disse arrumada, disse impecável!)! As duas sabiam costurar as próprias roupas e pelo que me consta era a época em que explodiam Coco Chanel nas altas costuras de Paris, Givanchi lançando a eterna Audrey Hepburn em Sabrina. Estas duas mulheres (as minhas avós), com acesso nada mais que a tecidos, linhas e máquinas de costura se nivelavam aos padrões internacionais.

E portanto, com esta árvore genealógica expresso aqui a minha necessidade mais básica: escrever!

"On y va?"